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Cafés Académicos | Dra Cabide

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 Quando se sentam à mesa aqueles que procuram saber e aqueles que tanto têm para oferecer, o café será sempre só uma desculpa.  Neste primeiro café, cedemos aos impulsos da incessante busca pelos primórdios da Praxe Académica na nossa Casa, sonhando perceber como chegámos àquilo que vivenciamos hoje. Para isso, conversámos com a Dra Joana “Cabide”, aluna do 9-15, membro da Comissão de Praxe da Faculdade de Medicina de Lisboa (CPFML) entre 2011 e 2014, atual médica de Medicina Geral e Familiar. Como começou a CPFML? No Ano Praxístico em que a Dra Joana “Cabide” foi Caloira, 2009/2010 , colocou-se em prática o projeto Comissão de Praxe da Faculdade de Medicina de Lisboa (CPFML), já há muito idealizado. Ocorreu no segundo Período Praxístico do respetivo ano, quando o grupo de pessoas que deram forma a esta ideia tornaram o Batismo, e o seu jantar prévio, um momento organizado, acompanhando-o da apresentação do primeiro Código de Praxe da nossa Faculdade. Como foi recebida a CPFML pela Co

Insígnias de Praxe: A Moca

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A moca é, com certeza, a Insígnia de Praxe que observamos com maior frequência no nosso dia-a-dia praxístico. Seja na mão, ou apoiada no ombro, dá ao seu portador um ar imponente característico. E, embora assim o seja, é também a Insígnia que mais dúvidas suscita relativamente à data da sua adoção por parte dos Estudantes. Tendo origem Pré-Histórica, como arma de caça e de defesa, a sua adoção pelos Estudantes da Academia Coimbrã remonta às origens da Universidade.  Não podendo ter pregos ou picos eriçados e apresentando, tradicionalmente, uma cabeça redonda ou oval lisa, terá visto o seu uso intensificado devido à proibição de espadas, punhais e armas de fogo em meios extra-militares. No início do século XX, a moca era também usada como símbolo de poder dos veteranos, sendo que, em situações de arruamento, era tapada pela capa ou colocada em bolsos fundos da batina. Muito utilizada em contexto de trupe, viu-se protagonista nos combates entre os membros destas e os anti-trupistas. Para

Queima 2023

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  Quando chega Maio e soam as guitarras Uma nova mística paira no ar O primeiro acorde revela o mistério De mais uma Queima a começar Um traçar triste num último adeus Em despedida à solene Lisboa Um rasgão para sempre deixado Nos corações onde a saudade ecoa De Capa no chão e Cartola ao alto, vai-se desfazendo o nó da gravata. Uma flor desabrocha na lapela negra e sorriso entre as lágrimas desta linda data O desejo de mais uma volta à Cidade, De mais um cortejo para viver E o Finalista vê atrás de si A Casa que o viu crescer Quem parte deixa aos que ficam O Sonho, a Vontade e a Missão De não esquecer a nossa História E de continuar a Tradição    Uma Tradição que foi esquecida Mas que a Academia veio resgatar, A essência de ser Estudante Na lembrança de quem ousou sonhar

A História do Batismo Académico

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O Batismo é uma das mais importantes e queridas tradições académicas, tendo a sua origem em Coimbra. Os Padrinhos eram, habitualmente, escolhidos pelos pais dos Caloiros, fosse por serem estudantes com a mesma origem geográfica ou filhos de conterrâneos conhecidos. Tinham como função orientar e integrar os Caloiros na Comunidade Académica e ajudá-los nas dificuldades do processo de adaptação.  A vivência em Comunidade e o contacto mais regular entre Caloiros e Padrinhos intensificava-se no dia a dia das “Repúblicas” - espaços míticos que, albergando estudantes, possuíam uma regulamentação e um estatuto jurídico perante o Código de Praxe de 1957. No entanto, os alunos mais velhos, justificando-se na necessidade de protegerem o Caloiro, tornavam-se, frequentemente, responsáveis pelas suas finanças e, ao invés de os orientar, acabavam por, nalguns casos, explorá-los monetariamente. Embora nos dias de hoje o Padrinho/Madrinha possa não representar tudo aquilo que representava no início da

PERSONA NOTABILIS | Raquel Moreira

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Cara Comunidade Praxística, Relembrando o Dia do Estudante que se celebrou na passada sexta-feira, hoje trazemos mais uma publicação da nossa Rubrica Persona Notabilis. Se nesta rubrica tentamos trazer o testemunho de pessoas relevantes na história da Praxe Académica na FML, seria impossível não falar da Primeira Dux Facultatis da Faculdade de Medicina de Lisboa. Em maio de 2021 Raquel Moreira foi eleita a primeira Dux Facultatis e hoje o testemunho que trazemos na Persona Notabilis é o dela.

Trupes Académicas | O Antes e o Agora

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As Trupes constituem uma tradição que atravessou séculos, tornando-se parte da cultura estudantil e património da sociedade académica. Surge da palavra francesa “ troupe ” e corresponde a um conjunto de estudantes responsáveis por zelar pela observância da Praxe, originalmente, na cidade de Coimbra, entre a meia noite e o primeiro toque matutino da Cabra do dia seguinte.  A sua origem remonta aos Ranchos, grupos que, entre os séculos XVIII e XIX, agiam com profunda violência, aproveitando os benefícios do foro académico. Eram portadores de armas e realizavam emboscadas frequentes, resultando em vários crimes e desacatos que preocupavam a Corte. Alguns dos elementos destes grupos apenas se matricularam na Universidade para gozar do foro académico. Com a extinção do Foro Académico em 1834, foi criada a Polícia Académica em 1839, responsável por patrulhar a cidade de Coimbra, especialmente o campus universitário, com o objetivo de suster os desacatos provocados pelos estudantes em trupe.

PERSONA NOTABILIS | Alberto Martins

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Cara Comunidade Praxistica e restantes leitores, A CPFML dá-vos a conhecer a nova Rubrica do nosso Blog: Persona Notabilis.   Ao longo dos próximos meses, vamos dar-vos a conhecer, através destas publicações, personalidades que tiveram um contributo importante para a Praxe Académica, dentro ou fora da FML. Começamos hoje esta rubrica e não podia ser com outra pessoa. A Persona Notabilis do m ês de janeiro é o Alberto Martins.