Ameaças à morte da Praxe
A Praxe Académica tem atravessado diferentes períodos de crise ao longo da história, ora sendo abolida por decisões institucionais, ora enfrentando resistência de movimentos estudantis e sociais, até mesmo amolgando-se por visões sensacionalistas da comunicação social ou pela falta de envolvimento de quem, hoje, a faz acontecer. Questionamo-nos se o olhar do atual estudante trajado reflete um iminente e inevitável luto pela morte da Praxe Académica ou, quem sabe, se esta simples metáfora de um luto pela Praxe reflete a impossibilidade desta “morte anunciada”. A Praxe foi proibida, pela primeira vez, em 1727, pelo rei D. João V, após a morte de estudantes nas “Investidas aos Novatos”, consequência de comportamentos violentos daqueles que, ao abrigo do Foro Académico, viviam na impunidade face à justiça. Apesar da interdição, a Praxe sobreviveu na clandestinidade e voltou a ganhar força ao longo do tempo. Com o fim do Foro Académico, em 1834, os estudantes sentiram a necessidade de ...